sábado, 12 de maio de 2018

PARA QUE SERVE UM DESERTO?

Mateus 4: 11. (b) "...e eis que vieram os anjos e o serviram." 


Olhe para o norte. Olhe para o sul. Vire a cabeça para a esquerda e veja você mesmo o que há à sua direita!

O que você me diz? Consegue enxergar vida no deserto em você está? Consegue ver alguma coisa que possa valer à pena? Consegue ver algo além de areia, poeira, calor e frio no lugar em que você está?

É meio dia. O sol está no ápice de sua cabeça. Você tem um caminho a seguir bem diante de seus olhos. A única referência para seu objetivo é o sol escaldante de dia e uma lua congelante à noite. O ambiente é hostil. As pressões são cada dia mais fortes. O desejo de parar e esperar o pior aumenta a cada dia de caminhada, mas você sabe que desistir seria a pior opção no tempo da adversidade.

A areia está muito quente e a sede consome sua alma. Sua visão começa a embaçar e o suor pinga em gotas gigantes em seus olhos. Seus sapatos não são suficientes para impedir que o calor da areia não queime seus pés. Seu agasalho é inútil diante do frio que congela a sua existência durante a noite, mas você sabe; não pode parar!

Você caminha dia após dia por que sabe que o alívio virá, mas não sabe quando isso acontecerá. Você chora as dores de um existir medonho, ainda assim, você precisa acreditar na promessa que fizeram a você que apesar de tudo, o sol não fustigaria a sua existência de dia, tão pouco a lua nas noites pouco ilumidada de sua existência  - Palavra difícil de acreditar...

Seu coração arde, mas mantém a fé de que está sendo conduzido às águas que refrigeram a sua alma. Sabe que logo a noite cairá e que o frio não terá pena de você, mas precisa crer que será coberto por imensas asas.

Diante de um momento existencial tão cruel, não seria nada inconveniente fazer uma pergunta ao céu:

A final, para quê serve um deserto?

É no deserto que o cuidado de Deus se revela. É no deserto que entendemos o propósito da existência. É no deserto que a vida mostra o seu verdadeiro valor. É no deserto que aumenta o contraste entre o alívio e a dor. É no deserto que descobrimos que solidão nunca fez parte da vida de um cristão. É no deserto que nos é concedido a instrução. É no deserto que aumenta a tentação.

O deserto é o lugar que Deus usa para nos ensinar. O deserto foi feito para a nossa existência melhorar. O deserto é uma das muitas provas de amor que Deus nos dá.


No final do deserto, seremos servidos. No final do deserto teremos sobrevivido!

domingo, 29 de abril de 2018

A DESPEDIA

“O processo precisa acabar. As lágrimas têm que secar. Não há mais  razão para você continuar aí; quem gosta de viver em cavernas?”

Sim. Você precisa falar, mas falar apenas sobre o que é essencial. Falar sobre o que motiva. Sobre o que sublima. Falar sobre o melhor da vida... Sobre o que é estável e sábio. Falar sobre o que é límpido, fresco e cristalino.

Não deseje mais falar por falar. Não queira mais falar sobre dor... Sobre crise interior. Não fale mais sobre dramas e dilemas... Sobre angústias e intranquilidades... Não fale sobre amarguras e maldades... Não fale de esperança inútil; não queira enganar-se.
Não espere o que não deverá existir. Não acredite no inviável a menos que seja viabilizado por fé em Cristo. Não queira exigir o que não é teu por direito; não queira mais ser escravo dos teus próprios desejos.

Não deseje muita coisa pra ser feliz - As coisas costumam roubar a nossa alegria.

Não queira preocupação maior do que a que você  possa alcançar com seus braços; ande descalço e decida depois o que fazer.

Não. Não deseje mais correr para alcançar o inalcançável; quem acredita alcança caminhando mesmo... 

Não assista de camarote à guerra que acontece dentro da sua alma; as coisas se arrumam por si só; deixa o tempo provar.

Não curta expectativas inadequadas. Caminhe despreocupado por essa estrada. Se Ele quiser Ele pode te dá.

Um dia tudo vai acabar; tudo vai passar. Um dia as luzes se apagarão e depois disso a porta será fechada e o silêncio será o som que sairá da nossa boca, mas enquanto isso, cante a canção que pode dá esperanças e ânimo.

Enquanto isso, não gaste lágrimas sem propósito. Não fale de culpa e castigo. Não fale de dor e desistência, mas fale de perdão; procure saber o que é andar na contramão.

Não fale de choro e tristezas; apenas cante a canção que fale de alegria. Fale de sorriso e de vida. Fale de humor. Despreze a crise e deboche da dor. Cante o que fizer o coração pular de descançar sem se agitar. Cante o que fizer um irmão sorrir quando desejava chorar. Cante o amor e fale de humor. Sorria mesmo no choro até que suas lágrimas salgadas transformem-se em doces lágrimas de alegria.
Decida mudar. Decida que quando teu coração se apertar você ficará quieto até que o cumprimento da "boa palavra" possa reanimar teu coração para mais uma rodada de piadas engraçadas.

O processo precisa acabar. As lágrimas têm que secar. Não há mais  razão para você continuar aí; quem gosta de viver em cavernas?

Vamos! Saia desta caverna.


"A esperança adiada desfalece o coração, mas o desejo atendido é árvore de vida." (Provérbios 13 : 12)

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

AMOR ABSURDO!


 Lembrai-vos das coisas passadas des a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim.” Isaias 46:9

 
Ele podia simplesmente nos ignorar. Virar as costas e procurar outra galáxia e tentar de novo, mas ao invés disso, resolve fazer o absurdo de nos amar.

Quem poderia chegar a um absurdo como o de morrer por alguém tão pouco significante para o cosmos? Quem de nós faria isso? Quem de nós teria tamanha ousadia? 

Seria menos absurdo se Ele não chegasse ao ponto de se esforçar com belíssimos argumentos em nos convencer da inutilidade da adoração a outros deuses. Quem foi seu conselheiro? Quem o aconselhou? Quem deu a ele essa absurda ideia? Quem haveria de dizer a Ele, Senhor do Universo visível e invisível que vermes como nós mereceríamos ser objetos do seu caso de amor?

Uma criação que despreza o seu criador por séculos. Que não dá a mínima para a tristeza causada por nós em seu coração de pai. Uma criação ingrata e insensata. Uma criação sem senso de ridículo e cheia de opiniões controversas. Uma criação que se acha mais inteligente do que aquele que os criou. Uma criação convencida de sua deidade insana. Uma criação que abriga em seu seio um ninho de estupidez sem qualquer sentido, se é que há sentido em ser estúpido.

Fez de tudo. Deixou escrita uma carta de amor e paixão. Explicou pacientemente o plano. Falou da terra dos sonhos. Descreveu a Cidade eterna com detalhes. Falou do que era bom e que ainda assim duraria eternamente. Prometeu um tipo de paz estranhamente inteligível e inexplicável. Falou do quão seria preciosa a tua companhia. Prometeu o melhor dos descanso jamais experimentado por qualquer de nós que ainda respira; prometeu o descanso para a alma cansada.  Falou que ficaria alegre por sermos fortes mesmo diante de nossa angústia e dor. Disse que mesmo que a gente fosse atribulado, angustiado, perseguido, ou que tivéssemos muita fome, que fôssemos desmoralizados, ou que passássemos por vales de morte transpassados por balas e flechas que voam à luz do dia as cegas, que mesmo assim o seu amor por nós não arredaria pé. Que iria até as últimas consequências para nos levar à sua morada eterna. Mesmo assim ignoramos tudo para vivermos sozinhos e distantes desse amor absurdo. 

Ele não precisava deixar a superior dignidade de único Deus santo, poderoso, soberano e eterno para nos amar assim.

A porta ainda está aberta. O convite para a festa continua de pé. O tempo é escasso, mas ainda resta alguns minutos para o embarque na estação "Amor Absurdo de Deus".